INICIADOS

SC TOMAR - 7 / HC SINTRA - 5

Num jogo do tudo ou do nada, pois só a vitória interessava aos jovens leões, estes souberam estar à altura dos acontecimentos vencendo e convencendo nesta última e decisiva jornada da primeira fase do Camp. Nacional, garantindo assim um lugar entre as oito melhores equipas Nacionais neste escalão.

Encontro onde os nervos e a pressão estavam todos do lado da equipa de Nuno Lopes, tiveram logo nos primeiros segundos do jogo a primeira grande oportunidade para inaugurar o marcador quando Pedro Martins sofre falta para grande penalidade, mas David Costa permite a defesa do guardião forasteiro. Com a iniciativa de jogo a pertencer ao Tomar, seria o Sintra a inaugurar o marcador eram decorridos 5 minutos de jogo. O Sporting procura empatar a partida e consegue através de Edgar Costa que aproveita um mau posicionamento do guarda redes do Sintra e empata a partida. Tudo em aberto, mas o Sintra com a lição bem estudada consegue até ao final do primeiro tempo marcar por mais duas vezes através de contra ataques e onde a permissividade da defesa leonina é posta a nu. Seria ainda a equipa do Sintra a desperdiçar uma grande penalidade a poucos segundos do final do primeiro tempo.

Com o resultado desfavorável, a equipa de Nuno Lopes vem do balneário disposta a inverter o resultado que punha a formação Tomarense fora do “comboio” para a segunda fase do Nacional. Pedro Martins o capitão da equipa Tomarense assume a batuta do jogo e é nele que começa a reviravolta no marcador, ao fazer o 2-3 num remate indefensável para o guardião do Sintra, e poucos minutos depois o empate através de uma grande penalidade. Começava-se a acreditar que era possível, mas o balde de água fria cai no Pavilhão “Jácome Ratton” quando logo a seguir e num remate frontal e aparentemente sem perigo, o Sintra volta a distanciar-se no marcador. Havia 8 minutos de jogo e embora ainda faltasse algum tempo, tudo era desfavorável aos leões. Seria novamente o capitão leonino a insurgir-se contra o destino e numa jogada iniciada pelo mesmo pelo lado esquerdo do ataque da equipa Tomarense consegue ultrapassar os seus opositores e anicha a redondinha no fundo das redes de Vasco Miranda, pondo o resultado em 4-4. A formação Tomarense cresceu, acreditou que o apuramento era possível e seria novamente Pedro Martins numa jogada individual a ultrapassar todos os que lhe apareceram pela frente e fuzilar novamente o guardião forasteiro, fazendo aí o 5-4. Com o Pavilhão ao rubro a puxar pelos pequenos Leões, a equipa Sintrense sentiu nesse momento que a passagem à fase seguinte lhe começava a fugir e embora esboçasse alguma reacção, encontrou pela frente uma equipa motivada e também ela a querer o mesmo prémio. Com a formação Tomarense a comandar o jogo e a pressionar a defesa Sintrense, estes só em esporádicos contra ataques criavam algum perigo à defesa leonina. E seria neste jogo do gato e do rato que David Costa sentenciaria a partida ao marcar o 6.º e 7.º golos quase de seguida, criando aí uma almofade de segurança para a formação de Nuno Lopes, faltavam ainda 3 minutos para o términus da partida. O Sintra abre então o seu jogo e procura por todos os meios anular a desvantagem, mas aí já era tarde porque os sentidos dos atletas leoninos estavam ao máximo, e embora a equipa de Sintra ainda reduzisse o resultado para 7-5 através de um livre directo, seria a equipa de Tomar a dispor nesse período das melhores oportunidade de golo que Vasco Miranda foi anulando.

Foi uma vitória do querer, da raça, da vontade férrea de uma equipa que procurou a felicidade, e teve esse prémio agora. Uma palavra de apreço para a equipa do Sintra que lutou ombro a ombro com o SC Tomar até ao último segundo do campeonato por um lugar que também poderia ser seu.

Com o apito final do arbitro da partida, foi a loucura no Pavilhão com os atletas e o público a rejubilarem com o feito desta formação que pela primeira vez (neste escalão) atingem esta fase da prova. E diga-se, que merecida, por tudo aquilo que até agora tinham feito, e também pelo facto de estarem inseridos num grupo muito forte, com praticamente todas as formações quase do mesmo nível, e onde a competitividade durante esta prova foi sempre uma constante.

Agora, aqui chegados, tudo é possível, e independentemente da classificação que obtiverem, os objectivos deste grupo estão alcançados, e tudo o que vier a mais é por acréscimo.

SCTomar: David Sousa (gr), Francisco Neves, Pedro Martins (4), Edgar Costa (1), David Costa (2), Mariana Jesus, João Adrião, Tiago Godinho, Rafael Godinho e Duarte Simões (gr)